quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Energia Geotérmica

Energia geotérmica no Mundo
Geotermia é a designação usada para o conjunto das ciências e técnicas que estudam e exploram o calor terrestre ou energia geotérmica.
A energia geotérmica tem origem no interior da terra. Em termos médios, a temperatura aumenta, com a profundidade, cerca de 33ºC por Km. Porém, devido à heterogeneidade da crusta terrestre, o gradiente de temperatura pode ser inferior ou superior àquele valor. São as zonas de elevado gradiente, que mais interessam para aproveitamento energético. As designações de alta e baixa entalpia, são geralmente utilizadas para caracterizar as características térmicas do fluido, consoante a sua temperatura é superior ou inferior a 150ºC. O aproveitamento da energia geotérmica implica a existência de um fluido, normalmente a água, que transporte o calor do interior da terra para a superfície. Este fluido pode existir na formação, como água fóssil contemporânea da sedimentação, ou ser proveniente da infiltração da água das chuvas. No caso da sua não existência, pode recorrer-se à injecção de água, falando-se nestes casos de rochas quentes secas.
Este tipo de energia oferece, entre outras, a vantagem de ser renovável e pouco poluente.
Há evidências arqueológicas da utilização da energia geotérmica por gregos e romanos que a utilizaram para dela obterem calor.
O primeiro sistema de distribuição de calor urbano foi construído em Chaudes-Aigues (França) no séc. XIV estando ainda em actividade.
Já em 1175 se extraíam certos minerais das águas geotérmicas e no inicio do século XX algumas substâncias químicas começaram a ser extraídas das águas termais. Estes factores conduziram à criação de novas indústrias na região de Larderello (Itália) que mais tarde se comprovou ser o local mais quente de todo o continente europeu.
Em 1904 produziu-se pela primeira vez electricidade a partir do vapor geotérmico em Larderello.

Central geotérmica de Larderello - Itália

A primeira central de energia eléctrica geotérmica, de 250 kWe de capacidade, foi ali construída em 1913 e em 1914 já fornecia energia eléctrica à indústria química e a centros urbanos na região da Toscânia. Actualmente o campo geotérmico de Larderello produz 400 MWe de potência eléctrica.
Até que novas centrais geotérmicas fossem construídas, devido à novidade dos combustíveis fósseis, passaram-se 45 anos. Só em 1958 na Nova Zelândia e em 1959 no México, seguidas pelo início do desenvolvimento do recurso geotérmico na área de Los Alamos, a Norte de S. Francisco (Califórnia), em 1960, se voltou a considerar a exploração deste recurso, se bem que este esteja presente em muitos países.

Produção mundial de Electricidade de origem geotérmica


A última estimativa (2002), da capacidade mundial instalada em energia geotérmica foi de 8 000 MWe correspondendo a uma produção de 50 000 GWHe / ano proporcionando uma economia de 12,5 milhões de toneladas de petróleo por ano.
Produção mundial de calor de origem geotérmica



No mesmo período, uso directo da energia geotérmica (calor), a nível mundial, foi estimado em 15 200 MWt proporcionando 53 mil GWht nesse ano, o que corresponde a 15,5 Milhões de toneladas de petróleo por ano.










As utilizações finais do uso directo da energia geotérmica são muitos, entre elas se incluem o aquecimento ambiente, o aquecimento de água para uso doméstico e nos serviços, aquecimento de estufas, de instalações pecuárias e aquicultura, secagem de produtos agrícolas e climatização ambiente através de ciclos de absorção.

A dimensão do recurso geotérmico, em energia térmica nos 10 km superiores da crusta terrestre, segundo o Departamento de Energia dos EUA, equivale a 50 mil vezes a energia de todos os recursos de petróleo e gás natural conhecidos.
Projecções razoáveis sugerem que se poderá alcançar pelo menos 10% de crescimento ao ano nas aplicações de energia geotérmica até 2010.
As Filipinas possuem a maior proporção de energia eléctrica produzida por via geotérmica (27% em 2002) na oferta nacional de energia eléctrica e pretende converter-se no primeiro produtor de energia eléctrica geotérmica a nível mundial.

A Energia Geotérmica no Portugal


Em Portugal Continental existem apenas situações de baixa entalpia que estão relacionadas com a balneoterapia, praticada desde há longos anos. Mais recentemente o recurso tem sido utilizado para o aquecimento ambiente e de estufas.
Em consequência da crise energética dos anos setenta e ao desenvolvimento do projecto geotérmico dos Açores visando a produção essencialmente de electricidade, levou à regulamentação do sector através do Decreto-Lei nº 560/-C/76, de 16 de Julho que define o regime da prospecção, pesquisa e exploração de recursos geotérmicos e determina sua a integração no domínio público do Estado.
Posteriormente, devido ao interesse no aproveitamento do recurso de baixa entalpia, no continente, foi criado novo enquadramento jurídico estabelecido pelos Decretos-Lei, 87/90 e 90/90,de 16 de Março.

fonte:http://www.dgge.pt/

Energia Eólica


Vista Parcial do Parque Eólico da Espiga 
(A Serra d'Arga é uma elevação de Portugal Continental, erguendo-se a 825 metros de altitude (Alto do Espinheiro). Situa-se no Alto Minho, no sistema montanhoso da Peneda-Gerês.)

O que é a energia eólica?
O que apelidamos de energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia eléctrica.
As turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para muitas actividades (moer grão, bombear água) ou para alimentar um gerador que a transforma em energia eléctrica que pode ser injectada na rede eléctrica e distribuída ao consumidor A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer electricidade num determinado local situado longe da rede eléctrica de distribuição aos consumidores.
O Vento é uma forma de energia solar. Tem origem no desigual aquecimento da atmosfera pelo sol, associado às irregularidades da superfície terrestre e ao movimento de rotação da Terra. O regime dos ventos é influenciado pela forma do solo, pelos planos de água e pelo coberto vegetal.

Moinho Americano
Desde quando se usa a energia eólica.

Desde há alguns milhares de anos. Há registos históricos sobre a sua utilização, há 5000 anos, na navegação no rio Nilo, em bombagem de água na China, muitos séculos antes da Era Cristã.

No nosso país vemos com frequência, no cume dos montes, as ruínas de muitos moinhos de vento que deixaram de funcionar há décadas devido ao progresso tecnológico.

Contudo, em muitas quintas podemos ainda ver moinhos para bombagem de água para rega. Alguns abandonados e outros que têm sido recuperados e que estão em funcionamento. Estes moinhos são conhecidos por "americanos".

Como é capturada a energia do vento?
As turbinas éolicas têm pás que são postas em movimento pela acção da passagem do vento sobre elas. Esse movimento, energia mecânica alimenta um gerador eléctrico que produz a electricidade. As turbinas eólicas de hoje são de dois tipos: de eixo horizontal, como os antigos moinhos e de eixo vertical. Estas últimas têm uma forma parecida com um batedor de claras de ovo e são conhecidas por "Darrieus", o cientista francês que as inventou.
A tecnologia das turbinas eólicas tem evoluído muito devido aos avanços tecnológicos dos materiais, da engenharia, da electrónica e da aerodinâmica. Em geral os aerogeradores estão agrupados num determinado local, onde as condições do vento são favoráveis, e designam-se por Parques Eólicos.
A electricidade por eles produzida é incorporada na rede eléctrica e distribuída aos consumidores da mesma forma que a produzida nas centrais térmicas convencionais.
A energia produzida por qualquer aerogerador aumenta substancialmente com a velocidade do vento. Por isso os aerogeradores são instalados nas zonas em que o potencial de eólico é mais elevado, isto é, em zonas ventosas. Como a velocidade do vento é afectada pelo relevo do solo, e aumenta com a altura acima do solo, as turbinas são montadas em torres muito altas.

Como são constituídos os aerogeradores
Todos os aerogeradores, independentemente da sua dimensão, são constituídos pelos seguintes componentes: o rotor (a parte que roda por acção do vento e onde se fixam as pás), o gerador eléctrico, um sistema de controlo da velocidade e a torre. Os aerogeradores possuem também um sistema de segurança que em caso de avaria de algum componente impede o movimento das pás.

Portugal tem um bom potencial de energia eólica?
Em Portugal, devido à sua situação geográfica e geomorfologia, apenas nas montanhas a velocidade e a regularidade do vento é susceptível de aproveitamento energético.
A maior parte dos locais com essas características situam-se a norte do rio Tejo, e a sul junto à Costa Vicentina e Ponta de Sagres, sendo raros na extensa planície alentejana.
O Departamento de Energias Renováveis do INETI produziu uma base de dados do potencial eólico do vento em Portugal - EOLOS2.0 que apresenta as características físicas e energéticas do escoamento atmosférico num conjunto de 57 locais em Portugal Continental e uma folha de cálculo simplificada, que permite, em função do investimento, avaliar a viabilidade económica e o Atlas do Vento em Portugal.
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em colaboração com o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, o INESC (Porto) e o Research Centre for Wind Energy and Atmospheric Flows (RCWEAF) desenvolveram o "software" VENTOS, que é utilizado para simulação computacional do comportamento do escoamento do vento sobre solos complexos com ou sem arborização.
São ferramentas importantes para o conhecimento do potencial energético deste recurso.
A disponibilidade e a velocidade do vento são determinantes para a valia económica de um projecto de produção de energia eléctrica a partir deste recurso renovável. Por isso é indispensável proceder a uma avaliação do recurso antes de iniciar o projecto. Em regra um sistema de produção eólica necessita de uma velocidade média anual do vento de 15 km/hora ou seja 4,2 m/s.
Outro aspecto importante é a altura da torre que suporta a turbina eólica porque a turbulência do vento é maior junto ao solo do que em altitude.
Se a altura da torre aumentar de 10 para 50 metros a quantidade de energia fornecida pelo vento duplica.

Quais as vantagens da electricidade de origem eólica?
A opinião pública reflecte uma maior apetência pela utilização de fontes de energia renovável do que pelas energias ditas convencionais. A energia eólica é uma energia renovável e gratuita, por isso não importa quanta se utilize hoje porque ela estará igualmente disponível no futuro. Por outro lado energia eólica é uma fonte de energia limpa e não poluente. Não produz gases com efeito de estufa nem outros agentes de poluição.
A energia eólica tem um papel de complementaridade na produção de energia eléctrica e contribui para a diversificação dos modos de produção e para diminuir a nossa dependência energética do exterior, materializada na importação de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão).
A energia eólica é, pelas razões anteriormente referidas um contributo para atingir os compromissos internacionais, nomeadamente o Protocolo de Quioto e a directiva comunitária que impõe que a sua participação na produção de electricidade corresponda a 39%, até 2010.
Por cada MWh de energia eléctrica de origem eólica são reduzidas entre 0,8 a 0,9 toneladas de emissões de gases com efeito de estufa que seriam produzidas pela utilização dos combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica.
A produção eólica deverá ser acompanhado de medidas eficazes de redução do consumo de energia através do aumento da eficiência energética e da utilização racional da energia.

Quais os custos da energia eólica?
Os custos da energia eléctrica produzida pelos aerogeradores é fundamentalmente determinado por:
  • custo do investimento (aerogerador, fundações, ligação à rede, rendas etc.)
  • Tempo de vida útil do aerogerador
  • Taxa de juro do montante investido
  • Custos de exploração e manutenção
  • Quantidade de energia produzida/ velocidade média do vento
Qualquer aerogerador instalado numa zona de muito vento produz electricidade mais barata do que se estivesse situado numa zona com menos vento. Por esta razão é importante fazer uma avaliação do recurso no local onde se pretende instalar um aerogerador.

Quais são as barreiras económicas à utilização da energia eólica?
Apesar dos custos dos aerogeradores ter vindo a decrescer nos últimos anos, esta tecnologia requer um investimento inicial mais elevado por kW de potencia instalada do que a produção de electricidade baseada em derivados de petróleo.
A redução no custo dos aerogeradores tem vindo a verificar-se ao longo do tempo e em 2004 esses custos variaram entre 650 a 900 euros por kW instalado, dependendo do fabricante e da capacidade de produção da turbina. Contudo, em Portugal, a redução dos custos não foi tão acentuada devido à tendência na instalação de aerogeradores de grandes dimensões motivada pelas características dos locais podem ser instalados e o elevado custo dos terrenos. Estima-se que os custos dos aerogeradores se situem entre 1000 e 1200 Euros/kW instalado.

Quais os impactes ambientais da energia eólica?
Embora os parques eólicos tenham pequeno impacte sobre o ambiente quando comparados com as centrais convencionais há alguns aspectos a considerar como sejam o ruído provocado pela deslocação as pás e o impacte visual na paisagem.
No entanto os parques eólicos estão localizados em locais desabitados por isso não afectam a população.
Em muitos casos estão localizados em áreas com estatuto de protecção, porque esses locais são aqueles em que as condições de vento são melhores (a velocidade para que o aerogerador funcione tem de ser superior a 9 Km/h).
Nestas zonas o vento é muito incómodo para as pessoas e portanto para o desenvolvimento da maioria das actividades humanas, daí que o património natural subsista sem as alterações que a actividade humana lhe introduziria se ali pudesse habitar.
Segundo as conclusões de diversos estudos referentes a parques eólicos no estrangeiro, segundo os quais: a maior parte das aves evitam a colisão com os aerogeradores.

Que desvantagens tem a energia eólica?
O maior desafio que se põe à utilização deste recurso renovável relaciona-se com a sua intermitência. Nem sempre o vento sopra quando a electricidade é necessária. Não podemos armazenar a energia a não ser em baterias o que é dispendioso.

A energia eólica é boa para a economia?
A energia eólica evita importar petróleo ou gás natural e por isso contribui para aliviar a dependência e a factura energética do país. Por outro lado evita as emissões de CO2 e os custos associados à poluição (custos ambientais e de saúde pública) bem como o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis.
A energia eólica é um recurso nacional, fiável e que gera cinco vezes mais emprego por Euro investido do que as tecnologias associadas ao carvão ou ao nuclear.
Um indicador das vantagens económicas da energia eólica é o valor do retorno económico correspondente ao seu desenvolvimento que inclui os custos do trabalho, os custos de matérias-primas para o fabrico e instalação, transportes, exportações e o valor da electricidade produzida.

Podem os particulares vender a energia produzida à Rede Eléctrica Nacional?
Os produtores de energia eléctrica em regime especial, anteriormente designados por produtores independentes entregam à Rede Eléctrica Nacional toda a energia produzida. O valor da tarifa praticada depende da tecnologia utilizada sendo o mesmo estabelecido pelo Decreto-Lei nº 225/2007 de 31 de Maio.


A  evolução da energia eólica em Portugal
Nos últimos anos tem-se verificado um crescimento substancial do número de aerogeradores implantados no país, representando a produção de energia eléctrica de origem eólica cerca de 4% do consumo final de electricidade e é expectável que até 2010 represente 15%.



Vista Parcial do Parque Eólico da Espiga

O que é a energia eólica?
O que apelidamos de energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia eléctrica.
As turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para muitas actividades (moer grão, bombear água) ou para alimentar um gerador que a transforma em energia eléctrica que pode ser injectada na rede eléctrica e distribuída ao consumidor A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer electricidade num determinado local situado longe da rede eléctrica de distribuição aos consumidores.
O Vento é uma forma de energia solar. Tem origem no desigual aquecimento da atmosfera pelo sol, associado às irregularidades da superfície terrestre e ao movimento de rotação da Terra. O regime dos ventos é influenciado pela forma do solo, pelos planos de água e pelo coberto vegetal.

Moinho Americano
Desde quando se usa a energia eólica.

Desde há alguns milhares de anos. Há registos históricos sobre a sua utilização, há 5000 anos, na navegação no rio Nilo, em bombagem de água na China, muitos séculos antes da Era Cristã.

No nosso país vemos com frequência, no cume dos montes, as ruínas de muitos moinhos de vento que deixaram de funcionar há décadas devido ao progresso tecnológico.

Contudo, em muitas quintas podemos ainda ver moinhos para bombagem de água para rega. Alguns abandonados e outros que têm sido recuperados e que estão em funcionamento. Estes moinhos são conhecidos por "americanos".

Como é capturada a energia do vento?
As turbinas éolicas têm pás que são postas em movimento pela acção da passagem do vento sobre elas. Esse movimento, energia mecânica alimenta um gerador eléctrico que produz a electricidade. As turbinas eólicas de hoje são de dois tipos: de eixo horizontal, como os antigos moinhos e de eixo vertical. Estas últimas têm uma forma parecida com um batedor de claras de ovo e são conhecidas por "Darrieus", o cientista francês que as inventou.
A tecnologia das turbinas eólicas tem evoluído muito devido aos avanços tecnológicos dos materiais, da engenharia, da electrónica e da aerodinâmica. Em geral os aerogeradores estão agrupados num determinado local, onde as condições do vento são favoráveis, e designam-se por Parques Eólicos.
A electricidade por eles produzida é incorporada na rede eléctrica e distribuída aos consumidores da mesma forma que a produzida nas centrais térmicas convencionais.
A energia produzida por qualquer aerogerador aumenta substancialmente com a velocidade do vento. Por isso os aerogeradores são instalados nas zonas em que o potencial de eólico é mais elevado, isto é, em zonas ventosas. Como a velocidade do vento é afectada pelo relevo do solo, e aumenta com a altura acima do solo, as turbinas são montadas em torres muito altas.

Como são constituídos os aerogeradores
Todos os aerogeradores, independentemente da sua dimensão, são constituídos pelos seguintes componentes: o rotor (a parte que roda por acção do vento e onde se fixam as pás), o gerador eléctrico, um sistema de controlo da velocidade e a torre. Os aerogeradores possuem também um sistema de segurança que em caso de avaria de algum componente impede o movimento das pás.

Portugal tem um bom potencial de energia eólica?
Em Portugal, devido à sua situação geográfica e geomorfologia, apenas nas montanhas a velocidade e a regularidade do vento é susceptível de aproveitamento energético.
A maior parte dos locais com essas características situam-se a norte do rio Tejo, e a sul junto à Costa Vicentina e Ponta de Sagres, sendo raros na extensa planície alentejana.
O Departamento de Energias Renováveis do INETI produziu uma base de dados do potencial eólico do vento em Portugal - EOLOS2.0 que apresenta as características físicas e energéticas do escoamento atmosférico num conjunto de 57 locais em Portugal Continental e uma folha de cálculo simplificada, que permite, em função do investimento, avaliar a viabilidade económica e o Atlas do Vento em Portugal.
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em colaboração com o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, o INESC (Porto) e o Research Centre for Wind Energy and Atmospheric Flows (RCWEAF) desenvolveram o "software" VENTOS, que é utilizado para simulação computacional do comportamento do escoamento do vento sobre solos complexos com ou sem arborização.
São ferramentas importantes para o conhecimento do potencial energético deste recurso.
A disponibilidade e a velocidade do vento são determinantes para a valia económica de um projecto de produção de energia eléctrica a partir deste recurso renovável. Por isso é indispensável proceder a uma avaliação do recurso antes de iniciar o projecto. Em regra um sistema de produção eólica necessita de uma velocidade média anual do vento de 15 km/hora ou seja 4,2 m/s.
Outro aspecto importante é a altura da torre que suporta a turbina eólica porque a turbulência do vento é maior junto ao solo do que em altitude.
Se a altura da torre aumentar de 10 para 50 metros a quantidade de energia fornecida pelo vento duplica.

Quais as vantagens da electricidade de origem eólica?
A opinião pública reflecte uma maior apetência pela utilização de fontes de energia renovável do que pelas energias ditas convencionais. A energia eólica é uma energia renovável e gratuita, por isso não importa quanta se utilize hoje porque ela estará igualmente disponível no futuro. Por outro lado energia eólica é uma fonte de energia limpa e não poluente. Não produz gases com efeito de estufa nem outros agentes de poluição.
A energia eólica tem um papel de complementaridade na produção de energia eléctrica e contribui para a diversificação dos modos de produção e para diminuir a nossa dependência energética do exterior, materializada na importação de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão).
A energia eólica é, pelas razões anteriormente referidas um contributo para atingir os compromissos internacionais, nomeadamente o Protocolo de Quioto e a directiva comunitária que impõe que a sua participação na produção de electricidade corresponda a 39%, até 2010.
Por cada MWh de energia eléctrica de origem eólica são reduzidas entre 0,8 a 0,9 toneladas de emissões de gases com efeito de estufa que seriam produzidas pela utilização dos combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica.
A produção eólica deverá ser acompanhado de medidas eficazes de redução do consumo de energia através do aumento da eficiência energética e da utilização racional da energia.

Quais os custos da energia eólica?
Os custos da energia eléctrica produzida pelos aerogeradores é fundamentalmente determinado por:
  • custo do investimento (aerogerador, fundações, ligação à rede, rendas etc.)
  • Tempo de vida útil do aerogerador
  • Taxa de juro do montante investido
  • Custos de exploração e manutenção
  • Quantidade de energia produzida/ velocidade média do vento
Qualquer aerogerador instalado numa zona de muito vento produz electricidade mais barata do que se estivesse situado numa zona com menos vento. Por esta razão é importante fazer uma avaliação do recurso no local onde se pretende instalar um aerogerador.

Quais são as barreiras económicas à utilização da energia eólica?
Apesar dos custos dos aerogeradores ter vindo a decrescer nos últimos anos, esta tecnologia requer um investimento inicial mais elevado por kW de potencia instalada do que a produção de electricidade baseada em derivados de petróleo.
A redução no custo dos aerogeradores tem vindo a verificar-se ao longo do tempo e em 2004 esses custos variaram entre 650 a 900 euros por kW instalado, dependendo do fabricante e da capacidade de produção da turbina. Contudo, em Portugal, a redução dos custos não foi tão acentuada devido à tendência na instalação de aerogeradores de grandes dimensões motivada pelas características dos locais podem ser instalados e o elevado custo dos terrenos. Estima-se que os custos dos aerogeradores se situem entre 1000 e 1200 Euros/kW instalado.

Quais os impactes ambientais da energia eólica?
Embora os parques eólicos tenham pequeno impacte sobre o ambiente quando comparados com as centrais convencionais há alguns aspectos a considerar como sejam o ruído provocado pela deslocação as pás e o impacte visual na paisagem.
No entanto os parques eólicos estão localizados em locais desabitados por isso não afectam a população.
Em muitos casos estão localizados em áreas com estatuto de protecção, porque esses locais são aqueles em que as condições de vento são melhores (a velocidade para que o aerogerador funcione tem de ser superior a 9 Km/h).
Nestas zonas o vento é muito incómodo para as pessoas e portanto para o desenvolvimento da maioria das actividades humanas, daí que o património natural subsista sem as alterações que a actividade humana lhe introduziria se ali pudesse habitar.
Segundo as conclusões de diversos estudos referentes a parques eólicos no estrangeiro, segundo os quais: a maior parte das aves evitam a colisão com os aerogeradores.

Que desvantagens tem a energia eólica?
O maior desafio que se põe à utilização deste recurso renovável relaciona-se com a sua intermitência. Nem sempre o vento sopra quando a electricidade é necessária. Não podemos armazenar a energia a não ser em baterias o que é dispendioso.

A energia eólica é boa para a economia?
A energia eólica evita importar petróleo ou gás natural e por isso contribui para aliviar a dependência e a factura energética do país. Por outro lado evita as emissões de CO2 e os custos associados à poluição (custos ambientais e de saúde pública) bem como o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis.
A energia eólica é um recurso nacional, fiável e que gera cinco vezes mais emprego por Euro investido do que as tecnologias associadas ao carvão ou ao nuclear.
Um indicador das vantagens económicas da energia eólica é o valor do retorno económico correspondente ao seu desenvolvimento que inclui os custos do trabalho, os custos de matérias-primas para o fabrico e instalação, transportes, exportações e o valor da electricidade produzida.

Podem os particulares vender a energia produzida à Rede Eléctrica Nacional?
Os produtores de energia eléctrica em regime especial, anteriormente designados por produtores independentes entregam à Rede Eléctrica Nacional toda a energia produzida. O valor da tarifa praticada depende da tecnologia utilizada sendo o mesmo estabelecido pelo Decreto-Lei nº 225/2007 de 31 de Maio.


A  evolução da energia eólica em Portugal
Nos últimos anos tem-se verificado um crescimento substancial do número de aerogeradores implantados no país, representando a produção de energia eléctrica de origem eólica cerca de 4% do consumo final de electricidade e é expectável que até 2010 represente 15%.


Fonte: http://www.dgge.pt/

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Energia Eólica

Vista Parcial do Parque Eólico da Espiga
Vista Parcial do Parque Eólico da Espiga

O que é a energia eólica?
O que apelidamos de energia eólica significa o processo pelo qual o vento é utilizado para produzir energia mecânica ou energia eléctrica.
As turbinas eólicas convertem a energia cinética do vento em energia mecânica. Esta energia mecânica pode ser utilizada para muitas actividades (moer grão, bombear água) ou para alimentar um gerador que a transforma em energia eléctrica que pode ser injectada na rede eléctrica e distribuída ao consumidor A energia eólica também pode ter uma aplicação descentralizada, ou seja, utilizada apenas para fornecer electricidade num determinado local situado longe da rede eléctrica de distribuição aos consumidores.
O Vento é uma forma de energia solar. Tem origem no desigual aquecimento da atmosfera pelo sol, associado às irregularidades da superfície terrestre e ao movimento de rotação da Terra. O regime dos ventos é influenciado pela forma do solo, pelos planos de água e pelo coberto vegetal.


Desde quando se usa a energia eólica.

Desde há alguns milhares de anos. Há registos históricos sobre a sua utilização, há 5000 anos, na navegação no rio Nilo, em bombagem de água na China, muitos séculos antes da Era Cristã.

No nosso país vemos com frequência, no cume dos montes, as ruínas de muitos moinhos de vento que deixaram de funcionar há décadas devido ao progresso tecnológico.

Contudo, em muitas quintas podemos ainda ver moinhos para bombagem de água para rega. Alguns abandonados e outros que têm sido recuperados e que estão em funcionamento. Estes moinhos são conhecidos por "americanos".

Como é capturada a energia do vento?
As turbinas éolicas têm pás que são postas em movimento pela acção da passagem do vento sobre elas. Esse movimento, energia mecânica alimenta um gerador eléctrico que produz a electricidade. As turbinas eólicas de hoje são de dois tipos: de eixo horizontal, como os antigos moinhos e de eixo vertical. Estas últimas têm uma forma parecida com um batedor de claras de ovo e são conhecidas por "Darrieus", o cientista francês que as inventou.
A tecnologia das turbinas eólicas tem evoluído muito devido aos avanços tecnológicos dos materiais, da engenharia, da electrónica e da aerodinâmica. Em geral os aerogeradores estão agrupados num determinado local, onde as condições do vento são favoráveis, e designam-se por Parques Eólicos.
A electricidade por eles produzida é incorporada na rede eléctrica e distribuída aos consumidores da mesma forma que a produzida nas centrais térmicas convencionais.
A energia produzida por qualquer aerogerador aumenta substancialmente com a velocidade do vento. Por isso os aerogeradores são instalados nas zonas em que o potencial de eólico é mais elevado, isto é, em zonas ventosas. Como a velocidade do vento é afectada pelo relevo do solo, e aumenta com a altura acima do solo, as turbinas são montadas em torres muito altas.

Como são constituídos os aerogeradores
Todos os aerogeradores, independentemente da sua dimensão, são constituídos pelos seguintes componentes: o rotor (a parte que roda por acção do vento e onde se fixam as pás), o gerador eléctrico, um sistema de controlo da velocidade e a torre. Os aerogeradores possuem também um sistema de segurança que em caso de avaria de algum componente impede o movimento das pás.

Portugal tem um bom potencial de energia eólica?
Em Portugal, devido à sua situação geográfica e geomorfologia, apenas nas montanhas a velocidade e a regularidade do vento é susceptível de aproveitamento energético.
A maior parte dos locais com essas características situam-se a norte do rio Tejo, e a sul junto à Costa Vicentina e Ponta de Sagres, sendo raros na extensa planície alentejana.
O Departamento de Energias Renováveis do INETI produziu uma base de dados do potencial eólico do vento em Portugal - EOLOS2.0 que apresenta as características físicas e energéticas do escoamento atmosférico num conjunto de 57 locais em Portugal Continental e uma folha de cálculo simplificada, que permite, em função do investimento, avaliar a viabilidade económica e o Atlas do Vento em Portugal.
A Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em colaboração com o Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, o INESC (Porto) e o Research Centre for Wind Energy and Atmospheric Flows (RCWEAF) desenvolveram o "software" VENTOS, que é utilizado para simulação computacional do comportamento do escoamento do vento sobre solos complexos com ou sem arborização.
São ferramentas importantes para o conhecimento do potencial energético deste recurso.
A disponibilidade e a velocidade do vento são determinantes para a valia económica de um projecto de produção de energia eléctrica a partir deste recurso renovável. Por isso é indispensável proceder a uma avaliação do recurso antes de iniciar o projecto. Em regra um sistema de produção eólica necessita de uma velocidade média anual do vento de 15 km/hora ou seja 4,2 m/s.
Outro aspecto importante é a altura da torre que suporta a turbina eólica porque a turbulência do vento é maior junto ao solo do que em altitude.
Se a altura da torre aumentar de 10 para 50 metros a quantidade de energia fornecida pelo vento duplica.

Quais as vantagens da electricidade de origem eólica?
A opinião pública reflecte uma maior apetência pela utilização de fontes de energia renovável do que pelas energias ditas convencionais. A energia eólica é uma energia renovável e gratuita, por isso não importa quanta se utilize hoje porque ela estará igualmente disponível no futuro. Por outro lado energia eólica é uma fonte de energia limpa e não poluente. Não produz gases com efeito de estufa nem outros agentes de poluição.
A energia eólica tem um papel de complementaridade na produção de energia eléctrica e contribui para a diversificação dos modos de produção e para diminuir a nossa dependência energética do exterior, materializada na importação de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão).
A energia eólica é, pelas razões anteriormente referidas um contributo para atingir os compromissos internacionais, nomeadamente o Protocolo de Quioto e a directiva comunitária que impõe que a sua participação na produção de electricidade corresponda a 39%, até 2010.
Por cada MWh de energia eléctrica de origem eólica são reduzidas entre 0,8 a 0,9 toneladas de emissões de gases com efeito de estufa que seriam produzidas pela utilização dos combustíveis fósseis na produção de energia eléctrica.
A produção eólica deverá ser acompanhado de medidas eficazes de redução do consumo de energia através do aumento da eficiência energética e da utilização racional da energia.

Quais os custos da energia eólica?
Os custos da energia eléctrica produzida pelos aerogeradores é fundamentalmente determinado por:
  • custo do investimento (aerogerador, fundações, ligação à rede, rendas etc.)
  • Tempo de vida útil do aerogerador
  • Taxa de juro do montante investido
  • Custos de exploração e manutenção
  • Quantidade de energia produzida/ velocidade média do vento
Qualquer aerogerador instalado numa zona de muito vento produz electricidade mais barata do que se estivesse situado numa zona com menos vento. Por esta razão é importante fazer uma avaliação do recurso no local onde se pretende instalar um aerogerador.

Quais são as barreiras económicas à utilização da energia eólica?
Apesar dos custos dos aerogeradores ter vindo a decrescer nos últimos anos, esta tecnologia requer um investimento inicial mais elevado por kW de potencia instalada do que a produção de electricidade baseada em derivados de petróleo.
A redução no custo dos aerogeradores tem vindo a verificar-se ao longo do tempo e em 2004 esses custos variaram entre 650 a 900 euros por kW instalado, dependendo do fabricante e da capacidade de produção da turbina. Contudo, em Portugal, a redução dos custos não foi tão acentuada devido à tendência na instalação de aerogeradores de grandes dimensões motivada pelas características dos locais podem ser instalados e o elevado custo dos terrenos. Estima-se que os custos dos aerogeradores se situem entre 1000 e 1200 Euros/kW instalado.

Quais os impactes ambientais da energia eólica?
Embora os parques eólicos tenham pequeno impacte sobre o ambiente quando comparados com as centrais convencionais há alguns aspectos a considerar como sejam o ruído provocado pela deslocação as pás e o impacte visual na paisagem.
No entanto os parques eólicos estão localizados em locais desabitados por isso não afectam a população.
Em muitos casos estão localizados em áreas com estatuto de protecção, porque esses locais são aqueles em que as condições de vento são melhores (a velocidade para que o aerogerador funcione tem de ser superior a 9 Km/h).
Nestas zonas o vento é muito incómodo para as pessoas e portanto para o desenvolvimento da maioria das actividades humanas, daí que o património natural subsista sem as alterações que a actividade humana lhe introduziria se ali pudesse habitar.
Segundo as conclusões de diversos estudos referentes a parques eólicos no estrangeiro, segundo os quais: a maior parte das aves evitam a colisão com os aerogeradores.

Que desvantagens tem a energia eólica?
O maior desafio que se põe à utilização deste recurso renovável relaciona-se com a sua intermitência. Nem sempre o vento sopra quando a electricidade é necessária. Não podemos armazenar a energia a não ser em baterias o que é dispendioso.

A energia eólica é boa para a economia?
A energia eólica evita importar petróleo ou gás natural e por isso contribui para aliviar a dependência e a factura energética do país. Por outro lado evita as emissões de CO2 e os custos associados à poluição (custos ambientais e de saúde pública) bem como o esgotamento dos recursos energéticos não renováveis.
A energia eólica é um recurso nacional, fiável e que gera cinco vezes mais emprego por Euro investido do que as tecnologias associadas ao carvão ou ao nuclear.
Um indicador das vantagens económicas da energia eólica é o valor do retorno económico correspondente ao seu desenvolvimento que inclui os custos do trabalho, os custos de matérias-primas para o fabrico e instalação, transportes, exportações e o valor da electricidade produzida.

Podem os particulares vender a energia produzida à Rede Eléctrica Nacional?
Os produtores de energia eléctrica em regime especial, anteriormente designados por produtores independentes entregam à Rede Eléctrica Nacional toda a energia produzida. O valor da tarifa praticada depende da tecnologia utilizada sendo o mesmo estabelecido pelo Decreto-Lei nº 225/2007 de 31 de Maio.


A  evolução da energia eólica em Portugal
Nos últimos anos tem-se verificado um crescimento substancial do número de aerogeradores implantados no país, representando a produção de energia eléctrica de origem eólica cerca de 4% do consumo final de electricidade e é expectável que até 2010 represente 15%.

Fonte: http://www.dgge.pt/
Voltar à página anterior

Energia Solar

O Sol é a nossa principal fonte de energia, responsável pela manutenção das várias formas de vida existentes na Terra. Trata-se de um recurso praticamente inesgotável e constante, quando comparado com a nossa escala de existência neste planeta.
No centro do Sol, mais propriamente numa região denominada fotosfera solar (camada muito ténue com aproximadamente 300 km de espessura e temperatura superficial da ordem dos 5800 ºK), a energia resultante das reacções de fusão dos núcleos dos átomos de hidrogénio, originando núcleos de hélio, é radiada para o espaço sobre a forma de energia electromagnética, a uma velocidade próxima dos 300.000 km por segundo. Esta energia, ao atingir a atmosfera terrestre pode ser absorvida ou reflectida pelos seus diferentes componentes. Dados recentes da WMO (World Metereological Organization) indicam que a radiação solar incidente sobre uma superfície perpendicular ao eixo Terra-Sol, situada no topo da atmosfera, é de 1367 W/m2.
A distribuição espectral desta radiação é constituída por radiação na gama dos raios ultra-violetas (7%), luz visível (47%) e raios infra-vermelhos (46%).
Após atravessar a atmosfera, num dia de céu relativamente limpo, a radiação solar atinge a superfície terrestre com uma potência inferior em cerca de 30% da registada no topo da mesma, ou seja, aproximadamente, de 1000 W/m2.
Esta radiação que atinge o solo é constituída por três componentes:
  • Radiação directa – atinge directamente a superfície
  • Radiação difusa – desviada em diferentes direcções pelos componentes da atmosfera
  • Radiação reflectida – proveniente da reflexão no solo e objectos circundantes
Potencial
O Sol  fornece anualmente, para a atmosfera terrestre, uma quantidade enorme de energia (avaliada em 1,5 x 1018 kWh), correspondente a cerca de 10.000 vezes o consumo mundial de energia verificado nesse mesmo período. No entanto, esta fonte é considerada demasiado dispersa, com as vantagens e os inconvenientes dai decorrentes. Entre os inconvenientes refira-se sem dúvida, a necessidade de importantes superfícies de captação para o seu aproveitamento (a central fotovoltaica de Moura, por exemplo, para uma potência instalada de 62 MWp, ocupa uma superfície aproximada de 114 hectares). A sua grande vantagem reside no facto de se tratar de uma fonte de energia repartida equitativamente.
Em Portugal, o potencial disponível é bastante considerável, sendo um dos países da Europa com melhores condições para aproveitamento deste recurso, dispondo de um número médio anual de horas de Sol, variável entre 2200 e 3000, no continente, e entre 1700 e 2200, respectivamente, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Na Alemanha, por exemplo, este indicador varia entre 1200 e 1700 horas.
Para Lisboa, num plano inclinado de cerca de 40º e orientado a Sul, o valor médio diário de potência da radiação solar global (radiação directa e radiação difusa) é de 414 W/m2.
Utilizações
A grande vantagem da energia solar reside sobretudo em:
  • Utilizações finais directas;
  • Aplicações distribuídas;
  • Disponibilidades geográfica, sobretudo em locais onde outras fontes de Energia são escassas ou não estão presentes.

A energia solar pode ser utilizada directamente para aquecer e iluminar edifícios, aquecer água de piscinas, sobretudo em equipamentos sociais, para fornecimento de água quente sanitária nos sectores doméstico, serviços, indústria e agropecuária.

A energia solar também possibilita a produção de elevadas temperaturas para produção de vapor de processo ou geração de electricidade, através de tecnologias de concentração da radiação.
Através do efeito fotovoltaico converte-se a radiação solar em energia eléctrica.

O aquecimento solar é uma tecnologia já dominada e, em 2002, existiam já instalados na UE cerca de 12,3 milhões de m2 de colectores solares térmicos. Cerca de 60% destes encontram-se na Alemanha (com mais de 50% das vendas de colectores solares da UE), Grécia e Áustria.
O Chipre possui aquecimento solar instalado em 50% dos hotéis e em 92 % das habitações particulares. É o líder mundial em m2 de colector per capita. No continente europeu é a Grécia que está no topo com 0,26 m2 per-capita seguida pela Áustria com 0,20 m2 por pessoa.
A meta da UE visa a instalação de 100 milhões de m2 de colectores até 2010.
Algumas cidades já estabelecem regulamentos municipais, como é o caso de Barcelona, que exige a instalação de sistemas solares que garantam 60% do consumo de água quente das habitações e de edifícios de serviços. Em consequência desta postura verificou-se, em ano e meio, um aumento de 750% neste tipo de instalações. Este procedimento está a ser também implementado em outras cidades, como Sevilha e Madrid.
Na Alemanha, o governo estabeleceu um aumento dos incentivos de 92 para 125 euros por m2 de superfície colectora instalada, o que teve como consequência imediata o relançamento do mercado em 2003. Comparativamente com a China, os números europeus são modestos. Em 2000 existiam na China 26 milhões de m2 de colectores solares e mil fabricantes de componentes e sistemas e a meta do governo chinês para 2005 foi de 65 milhões de m2.
Os colectores concentradores constituem uma importante tecnologia para a produção de energia eléctrica e a meta mundial prevê a instalação de 100 mil MW até ao ano 2025.
Algumas projecções económicas prevêem a viabilidade de construção de centrais deste tipo na Grécia, Itália, Portugal, Áustria, Brasil, Libéria, Tunísia e China, o que representará um potencial mundial de 100 mil MW de produção eléctrica nos próximos 25 anos.
A Energia de origem fotovoltaica (FV) tem sido a opção mais económica em muitas aplicações de pequena potência em locais afastados da rede.Contudo o elevado preço destes sistemas tem sido uma barreira à sua disseminação em outras aplicações, nomeadamente em áreas urbanas, desde logo servidas pela rede de distribuição eléctrica.
Presentemente essa tendência vem sendo contrariada devido ao decréscimo dos custos dos módulos fotovoltaicos.
Os preços de fábrica para os módulos FV variam entre 2 e 3 dólares por watt pico, e os sistemas operacionais completos podem ascender, nos Estados Unidos, a valores entre 5 e 7 dólares/Watt, dependendo da dimensão dos sistemas, e sem subsidio. A tecnologia fotovoltaica associada à eficiência energética e à arquitectura bioclimática, integrada na rede eléctrica pode constituir um contributo substancial para as necessidades energéticas mundiais.
O valor social da energia FV vai além dos meros kWh produzidos pois pode induzir o desenvolvimento local e consolidar a economia local, melhorar o ambiente e aumentar a fiabilidade do abastecimento de energia eléctrica, diminuindo os custos ao nível das infraestruturas de produção centralizada, transporte e distribuição de electricidade

Situação em Portugal
Mapa de Radiação Solar em Portugal

Em Portugal, a utilização de sistemas solares térmicos ou fotovoltaicos está ainda longe de corresponder ao potencial deste recurso, disponível nos país. Estima-se que, em 2003, a capacidade instalada de sistemas solares fotovoltaicos era cerca de 2 MW, dos quais apenas 20% se referem a instalações ligadas à rede pública.

Não obstante,  foram já aprovados pedidos de informação prévia que totalizam cerca de 128 MW, o que deixa uma capacidade não comprometida de 22 MW face à meta de 150 MW,  para o horizonte temporal até 2010.
Radiação Solar em Portugal

 O grupo espanhol de construção Acciona vai investir 200 milhões de euros na maior central fotovoltaica do mundo, situada em Moura, actualmente em construção, o negócio implica a compra de 100% da Amper Solar, até agora controlada pelo município.

O investimento será de 250 milhões de euros destina-se a construir a central solar fotovoltaica com 62 MWp de potência instalada e uma produção anual de 88 GWH.  A central ficará instalada na Freguesia da Amareleja no concelho de Moura .
Em contrapartida, a "holding" espanhola irá construir uma fábrica de painéis fotovoltaicos no município de Moura, com uma capacidade de produção mínima de 24 MW/ano",  comprometerá um montante estimado em 3,5 milhões de euros para um fundo social de desenvolvimento de infra-estruturas, propriedade do município.

Quando concluída, em 2010, a central de Moura será a maior do mundo.
Na sequência do programa E4 - Eficiência Energética e Energias Endógenas, foi lançado o Programa "Agua Quente Solar para Portugal" que previa a instalação, até 2010, de um milhão de metros quadrados de colectores solares.

Embora os resultados alcançados estarem muito distantes daquele objectivo, os resultados do último inquérito realizado pelo Observatório para o Solar Térmico, com vista a determinar a área instalada no nosso país em 2004, foi possível apurar a instalação de 16 088 m2 de colectores solares, dos quais 44% em pequenos sistemas domésticos e o restante em grandes sistemas.

 
Evolução da área de colectores solares instalados em Portugal
                                Evolução da área de colectores solares instalados em Portugal
O Custo das Instalações Solares Térmicas de Aquecimento de Água em Portugal para os pequenos sistemas situa-se entre os 600/800 €/m2, enquanto que nos grandes sistemas esse valor desce para 350/600 €/m2

Fonte: http://www.dgge.pt/

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Energias Renováveis em acção

Bem, como estamos a falar de energias renováveis e como sou da Gafanha da Nazaré, decidi colocar este video, porque é um orgulho para a nossa cidade. Grande Escola Secundária e grande professor Sérgio.

Energia das Ondas

Entre os diversos tipos de ondas do oceano, as que são geradas pela força do vento são as que possuem maior concentração de energia. Temos assim uma armazenagem de energia éolica na superfície dos oceanos.

As ondas propagam-se por milhares de quilómetros e a sua energia pode frequentemente exceder os 40-50 kW por metro de frente de onda.

Tal como muitas outras fontes de energia está desigualmente distribuída por todo o planeta, sendo nas latitudes entre 30º e 60º, em ambos os hemisférios, que se apresenta com maior intensidade devido à prevalência dos ventos de oeste que ocorrem nessas regiões.

Distribuição do fluxo médio de energia das ondas no mundo em kW/m ou MW/km.

Distribuição do fluxo médio de energia das ondas no mundo em kW/m ou MW/km.

Fonte: WAVE ENERGY UTILIZATION IN EUROPE, CURRENT STATUS ANDPERSPECTIVES

Fluxos médios, em kW/m, da energia das ondas na Europa.

Na figura ao lado apresentam-se os fluxos médios, em kW/m, da energia das ondas na Europa.

A Energia das ondas em Portugal

Exceptuando as Berlengas, a costa de S. Vicente e Sudoeste Alentejano, não há interferências com a instalação de parques de dispositivos de energia das ondas com reservas naturais à profundidade de 50 metros.

No Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina a plataforma continental apresenta um declive suave e os dispositivos poderão ser instalados a uma profundidade de 60 m ainda relativamente perto da costa. Sendo esta localização exterior à área do parque, não haverá interferência com a zona de reserva natural, nem com a zona onde se processa a pouca actividade de pesca que aí existe, como à frente se indicará.

Zonas potencialmente utilizáveis e possíveis áreas de concessão para Parques de Energia das ondas na

Portugal, com um recurso energético médio-alto (fluxo médio anual de 30 MW por cada quilómetro de frente de onda em águas com 50 metros de profundidade), tem um potencial de utilização de energia das ondas de onde pode resultar uma produção de energia eléctrica de 10 TWh/ano aproximadamente (cerca de 20% do nosso consumo).

O potencial de produção de energia eléctrica na costa atlântica portuguesa é estimada admitindo um recurso de 30 kW por km de costa e, que uma percentagem média de 15% da energia incidente pode ser convertida em energia eléctrica.

Legenda: Zonas potencialmente utilizáveis e possíveis áreas de concessão para Parques de Energia das ondas na costa ocidental portuguesa. Fonte INETI

Tendo em conta os 335 km de costa para instalação de potenciais parques offshore e a necessidade de ter corredores para a navegação associada à pesca, resulta um potencial de utilização de mais do que 250 km.

Os dispositivos de extracção de energia das ondas podem ser instalados na costa, em águas pouco profundas ou ao largo, em águas de maior profundidade.

De acordo com a localização dos dispositivos é habitual classificá-los em primeira, segunda ou terceira geração, consoante se situam sobre a costa, assentes no fundo entre os 10 e os 25 metros de profundidade, ou ao largo.

Na literatura inglesa é comum designá-los, respectivamente por dispositivos "onshore", "nearshore" e "offshore".

Os dispositivos costeiros revelam vantagens importantes em termos de facilidade de acesso e ausência de amarrações, mas apresentam alguns inconvenientes nomeadamente as restrições relativas à sua localização, que exige requisitos de profundidade de água e boa exposição, ao maior impacte ambiental, sobretudo visual e um nível de potência média das ondas mais reduzido, em relação ao largo, devido aos efeitos de dissipação de energia originados pela rebentação e pelo atrito no fundo.

O sistema coluna de água oscilante (CAO) é a tecnologia mais conhecida e mais investigada. No caso de estarem assentes no fundo, junto à costa, constituem sistemas de "primeira geração".


Central Piloto Europeia de Energia das Ondas do Pico, Açores. (perspectiva traseira)
Fonte:INETI

Central de Ondas da Ilha do Pico

A central da ilha do Pico (Açores) é um bom exemplo de uma central de CAO de primeira geração. Com uma potência instalada de 400 kW, é constituída por uma estrutura em betão com uma área interna de 12 m x 12 m ao nível médio da superfície livre, e está assente no fundo do mar numa reentrância da costa onde a profundidade é de cerca de 8 m.

A concepção desta central foi inteiramente Portuguesa, assim como os fornecimentos, à excepção dos do equipamento mecânico. Estiveram envolvidas no projecto e construção desta central o Instituto Superior Técnico (responsável científico do projecto comunitário associado), a EDP, a EDA, a Profabril (projecto, coordenação e fiscalização da obra de engenharia civil), a PROET (coordenação e fiscalização do equipamento), EFACEC (fornecimento do equipamento eléctrico e electrónico), a Marques Lda. (construção civil) e o INETI (caracterização do clima de ondas e sistema de aquisição de dados).

Os dispositivos flutuantes instalados ao largo, além de permitirem explorar mais plenamente o recurso energético em águas de maior profundidade, apresentam menos restrições quanto à sua localização e têm um menor impacto visual. Estes dispositivos têm, no entanto, de ultrapassar diversas dificuldades relacionadas principalmente com a sua manutenção, transporte de energia para terra e processos de ancoragem ao fundo.

Os dispositivos offshore que tem sido propostos apresentam princípios de funcionamento bastante distintos. Os que já atingiram um nível avançado de desenvolvimento ou estão actualmente em fase de testes no mar, são os seguintes:

OPT "Power Buoy", bóia submersa comercializada pela companhia norte-americana Ocean Power Technology (OPT). Está prevista a construção de um parque destes sistemas no Mar Cantábrico em 2005, por associação com a Iberdrola.

Archimedes Wave Swing (AWS), dispositivo de absorção pontual, completamente submerso concebido pela empresa holandesa Teamwork Technology, com colaboração do IST.

No Verão de 2004, ao largo da Póvoa do Varzim, foi instalada Uma unidade piloto de 2 MW.

Foi instalada uma central piloto de 2 MW ao largo de Póvoa de Varzim (6 km da costa, e a 43 m de profundidade), pela Oceanergia, em colaboração com a Teamwork Technology. A sua estrutura, em aço, foi construída na Roménia e rebocada para montagem final em Viana do Castelo.

Esta central, projectada para realização de testes, foi construída sobre uma barcaça com mecanismos de submersão e emersão para facilitar as operações de manutenção.

Central piloto AWS rebocada do porto de Viana do Castelo
Central piloto AWS rebocada do porto de Viana do Castelo (www.waveswing.com, 2004)

WaveDragon, dispositivo de galgamento concebido pela empresa dinamarquesa Wave Dragon Aps e comercializado pela empresa SPOK Aps.

WaveDragon, dispositivo de galgamento concebido pela empresa dinamarquesa Wave Dragon Aps

Wavedragon. Esquema de funcionamento

Central Piloto no local de teste em Nissum Bredning/Dinamarca
Central Piloto no local de teste em Nissum Bredning/Dinamarca (http://www.wavedragon.net, 2004)

Pelamis, dispositivo semi-submerso concebido e comercializado pela empresa escocesa Ocean Power Delivery Lda (OPD). Está a decorrer a instalação deste sistema em Portugal, em resultado de uma colaboração entre a OPD e a Enersis.

O sistema de amarração do dispositivo consiste numa combinação de flutuadores e pesos, evitando tensões excessivas nos cabos de amarração, mas permitindo a orientação dinâmica do dispositivo em relação à frente de onda. A instalação do dispositivo é relativamente independente da profundidade de água e das condições geomorfológicas do fundo.

Tal como o Wavedragon este dispositivo foi desenvolvido com base na utilização de tecnologias existentes (sistema de amarração, sistema hidráulico, gerador e cabos eléctricos). A estrutura e a generalidade dos equipamentos podem ser fornecidos em Portugal, embora, como nas outras tecnologias, haja componentes em que não haverá interesse em produzir em Portugal, tal como os cabos eléctricos e alguns componentes hidráulicos.

O protótipo construído e actualmente testado em Orkney/Escócia tem um comprimento de 120 m, é composto por 3 secções cilíndricas, com diâmetro de 3,5 m e disponibiliza uma potência máxima de 3 x 250 kW = 750 kW. Cada secção contém um módulo completo de geração de energia eléctrica.

Independentemente das características do local da instalação, a OPD prevê uma produção média até cerca de 40% da potência instalada (isto é, até 3500 horas equivalentes de funcionamento à potência nominal).


Pelamis - Protótipo de 750 kW; vista da parte dianteira durante a construção

Pelamis - Protótipo de 750 kW; vista da parte dianteira durante a construção

AquaBuOY

AquaBuOY é o dispositivo comercializado pela empresa AquaEnergy Group, Ltd que resulta da combinação de dois tipos de tecnologias, desenvolvidas por uma empresa sueca, designadamente: o dispositivo "IPS Buoy" do tipo absorção pontual e o dispositivo conhecido por "Hose-Pump". O consórcio que desenvolve este sistema apoia-se parcialmente em empresas e instituições de I&D portuguesas.

IPS Buoy, Hose-Pump e AquaBuOY (da esq. para a dir.)

Uma das condições favoráveis para o desenvolvimento da energia das ondas em Portugal é a existência de pontos de ligação à rede eléctrica junto à costa.

As centrais de energias alternativas, como as das ondas, serão posteriormente ligadas a subestações, denominados Pontos de Recepção, conforme a sua potência e a sua localização. Centrais com potência de ligação numa fase inicial de desenvolvimento da energia das ondas com menos de 50 MW serão ligadas a redes de média ou alta tensão na ordem dos 10-30-60 kV, exploradas pela EDP Distribuição de Energia.

Numa fase posterior de desenvolvimento dos dispositivos de energia das ondas, na sua fase madura em que se prevê a existência de parques com uma potência instalada acima dos 50 MW, serão ligadas a redes de muito alta tensão de 150-220 ou 400 kV e exploradas pela Rede Eléctrica Nacional (REN).

A Estratégia Nacional para a Energia, estabeleceu como uma das linhas de orientação estratégica o reforço do aproveitamento das fontes de energia renovável (FER) e a criação de dusters industriais associados.

As tecnologias emergentes, como as do aproveitamento da energia das ondas marítimas, constituem um contributo importante para a criação de um cluster com elevado potencial e desenvolvimento dos centros de competência nacionais.

No tocante à energia das ondas e tendo em atenção o significativo potencial de que o País dispõe, importa criar condições e definir um enquadramento que permita o desenvolvimento de uma indústria nacional, fornecedora de bens de equipamento e de serviços, internacionalmente competitiva.

Neste sentido, foi constituído um grupo de trabalho, para a energia das ondas do mar», em Março de 2006 com o objectivo de propor a criação de uma zona piloto destinada à instalação de parques de dispositivos de aproveitamento de energias renováveis, designadamente das ondas marítimas, e a legislação reguladora das respectivas autorizações (licenças e concessões), a fim de fomentar a instalação e desenvolvimentos em Portugal deste tipo de tecnologias. Este Grupo de Trabalho reúne representantes, a título permanente, do Ministério da Defesa Nacional, (coordenador), do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, do Ministério da Economia e da Inovação, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas e do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

fonte: www.dgge.pt

Energias Renováveis

Na área das Energias Renováveis compete à Direcção Geral de Energia e Geologia, designadamente

  • Promover e cooperar na elaboração de normas, regulamentos e especificações técnicas relativos a instalações de conversão de energias renováveis e de incremento da eficiência no uso da energia;
  • Promover a inventariação dos recursos energéticos renováveis, numa perspectiva de identificação do potencial existente
  • Apoiar a implementação de instrumentos financeiros e fiscais, entre outros sistemas de apoio, quer a nível nacional quer comunitário, destinados aos recursos endógenos;
  • Analisar e emitir parecer técnico sobre programas e projectos de aproveitamento de energias renováveis e de diversificação de fontes energéticas;
  • Desenvolver o inventário das instalações de energias renováveis em exploração e dos projectos em desenvolvimento;
  • Atribuir capacidade de potência e pontos de recepção a centrais de produção de energia eléctrica baseadas em energias renováveis;
  • Contribuir para a definição de políticas, em especial nos domínios do ordenamento do território e da protecção do ambiente, nomeadamente ao nível da partilha de informação relevante para o aproveitamento racional dos recursos energéticos renováveis.
  • Promover a utilização de energias renováveis, mediante a definição de programas, iniciativas ou acções específicas junto dos agentes económicos e consumidores;
  • Promover a realização de estudos especializados orientados para a valorização dos recursos energéticos endógenos.

- Energia das Ondas;
- Energia Solar;
- Energia Eólica;
- Energia Geotérmica;
- Biomassa;
- Biocombustíveis;

Fonte:www.dgge.pt

segunda-feira, 19 de abril de 2010

susbtituição periódica

Serviço de substituição

Na Galp Gás, a segurança é um valor fundamental. Por isso foi lançado um serviço de aconselhamento a clientes sobre as condições de segurança das instalações de gás em garrafa.

A manutenção das instalações de gás abastecidas a garrafas, na casa dos clientes, é da exclusiva responsabilidade destes. O que se tem verificado é que os clientes, na maior parte das situações, não a efectuam. Isso reflecte-se nas condições de segurança em que mantêm as suas instalações de gás, muitas vezes com equipamento fora da validade, como é o caso dos tubos de borracha de ligação aos aparelhos de queima. No início de Julho, a Galp Gás, lançou o Serviço de Substituição Periódica, um serviço de alerta e aconselhamento das condições de segurança das instalações de gás em garrafa.

Assim, sempre que um consumidor adquire uma garrafa de gás, quer seja na entrega ao domicílio ou num dos 22.000 pontos de venda espalhados pelo país, receberá um cartão informativo que o recordará da necessidade de substituir os tubos de borracha com validade. No mesmo cartão encontrará o contacto do revendedor local, que poderá prestar o serviço.

Depois da instalação ser verificada, o revendedor deixará um cartão em forma de garrafa, pendurada no tubo de borracha, que recordará o cliente da necessidade de substituir novamente o tubo no final da sua validade.

Este pequeno alerta contribui em muito para a segurança dos clientes, que hoje, por falta de informação ou preocupação poderão ter em casa, tubos fora da validade. Os tubos de borracha quando ultrapassam a data de validade têm tendência a ficar ressequidos, abrindo rachas, que podem originar fugas de gás e provocar acidentes.

Com este serviço de aconselhamento, a Galp Gás, pretende aumentar a segurança em casa dos clientes e desenvolver uma relação mais estreita com estes. Num mercado, onde a concorrência é cada vez mais agressiva e as características intrínsecas dos produtos são muito idênticas, este tipo de serviços reflecte-se num grande valor acrescentado que diferencia a nossa oferta e contribui para uma maior fidelização dos mesmos.

Esta iniciativa já foi divulgada a toda a rede de revenda Galp Gás e está a ser implementada a nível nacional. A receptividade por todo o canal de vendas foi muito boa e a opinião unânime: “Este era o serviço que estava a faltar, para prestarmos um serviço com cada vez mais qualidade aos nossos clientes”.

fonte:www.bongas.pt

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Normas de segurança

Normas de segurança

Como líder de mercado a GALP Gás também é líder nas preocupações com a segurança, pelo que a GALP Gás investe fortemente na divulgação das suas Normas de Segurança.

Leia atentamente as nossas normas de segurança.

O gás de petróleo liquefeito, fornecido em garrafas, é uma forma de energia segura, não tóxica, limpa e económica, desde que utilizado correctamente. No entanto, derramado na atmosfera, pode, ao atingir determinada concentração, dar origem a explosões ou incêndios.

Além disso, como qualquer outro combustível, ao ser queimado incorrectamente pode produzir monóxido de carbono (gás tóxico) que se torna perigoso quando se acumula em espaços fechados, como pode acontecer com a utilização de esquentadores incorrectamente montados. É fácil evitar esses perigos se utilizar o gás com as devidas precauções. A utilização de gás será feita livremente e à responsabilidade do utente.

Garrafa e redutor

  1. Nunca deve utilizar ou armazenar garrafas de gás em caves. As garrafas de cor azul (propano) não podem ser utilizadas para uso doméstico nem armazenadas no interior das habitações.
  2. Ao ligar o redutor à válvula da garrafa, assegure-se de que aquele ficou bem ajustado.
  3. Nunca utilize ferramentas para resolver eventuais dificuldades no manuseamento da válvula ou do redutor.
  4. Defenda a válvulas de qualquer pancada ou de outros maus tratos que podem afectar as suas condições de segurança.
  5. Nunca deite ou inverta a garrafa quando está em serviço.
  6. Logo que termine cada utilização, deixe o sistema válvula/redutor sempre fechado.
  7. Nunca substitua a garrafa vazia por outra cheia, na proximidade de lume ou chama.
  8. Dirija-se ao Revendedor local sempre que suspeite de alguma deficiência na válvula da garrafa ou no funcionamento do seu redutor.

Tubos de borracha de ligação aos aparelhos de queima

  1. Ao instalar o tubo flexível nos porta-borrahas de redutor e do aparelho de queima, ajuste completamente o tubo. O comprimento do tubo de borracha não pode ser superior a 1,5m. Utilize sempre as braçadeiras, bem ajustadas, nas extremidades do tubo.
  2. Nunca dobre o tubo de forma a estrangulá-lo em qualquer ponto da sua extensão.
  3. Mantenha sempre o tubo afastado das fontes de calor, evitando a sua passagem pela traseira dos fogões.
  4. Vigie o tubo com frequência e substitua-o logo que verifique que a borracha está a secar, apresentando fissuras ou aspecto encortiçado.
  5. Cumpra rigorosamente o prazo de validade impresso no tubo flexível.

Durante o funcionamento

  1. Não permita que os líquidos a ferver se derramem e apagem o lume, evitando, assim, que o gás saia livremente pelo queimador, sem arder.
  2. Periodicamente ou quando a chama deixa de estar estável e azulada, e passar a apresentar-se instável, ruidosa ou fortemente amarelada, mande rever os seu aparelho por um Técnico Credenciado.

Acender e apagar os aparelhos de queima

  1. Acenda o fósforo ou o acendedor antes de abrir o gás no aparelho de queima. Se o fósforo ou o acendedor se apagar, feche o manípulo do aparelho de queima e recomece a operação.
  2. Cada vez que terminar o serviço, feche o gás não só no respectivo manípulo do aparelho de queima, mas também no sistema válvula/redutor da garrafa.

Esquentadores e Caldeiras

  1. Nunca permita a instalação de aparelhos a gás no interior das casas de banho.
  2. Para a instalação destes aparelhos recorra apenas e só a Técnicos Credenciados e detentores de "licença" exigida por lei.
  3. Certifique-se que o aparelho foi instalado de forma a assegurar-lhe uma tiragem correcta, com a conduta de evacuação dos produtos de combustão entre a saída do aparelho e o exterior da habitação ou a conduta da chaminé, para a saída dos gases queimados para a atmosfera.
  4. Certifique-se de que o local da instalação dos aparelhos de queima é bem ventilado.
  5. Para acender o aparelho, certifique-se primeiro de que a torneira de utilização da água não está aberta.

Fugas de gás

Se notar cheiro a gás:

  1. Feche imediatamente o sistema válvula/redutor e as torneiras dos aparelhos de queima.
  2. Abra as portas e janelas para provocar a ventilação no local.
  3. Apague e não faça qualquer chama nas proximidades, com fósforos, acendedores, velas, isqueiros, cigarros, etc.
  4. Evite fazer qualquer tipo de faísca. Não ligue nem desligue qualquer interruptor ou aparelho eléctrico.
  5. Desligue o quadro eléctrico somente se estiver fora do compartimento onde se deu a fuga.
  6. Tenha presente que as zonas mais perigosas, passíveis de provocarem acidentes, localizam-se junto do ponto de fuga e próximo do solo , pois os gases butano e propano são mais pesados que o ar.
  7. Nunca pesquise uma fuga de gás com chama. Utilize sempre espuma de sabão ou produto similar.
  8. Se o cheiro a gás não desaparecer, coloque a garrafa ao ar livre e comunique ao seu revendedor ou aos Bombeiros locais.
  9. Se a fuga de gás se inflamar, tape imediatamente o local da fuga com um pano humedecido em água quente e actue de acordo com o indicado no parágrafo anterior.

Qualidade dos materiais

  1. O material de queima, o tubo flexível de borracha, as abraçadeiras e os redutores a utilizar devem ser de marca e modelo que estejam em conformidade com a legislação vigente, e aprovados pelas entidades competentes para a utilização dos gases de petróleos liquefeitos (butano e propano).
fonte:www.bongas.pt